Um texto para a Nalucia
- Daiane Gasparino
- 9 de mai.
- 2 min de leitura
Falo e escrevo pouco sobre a minha mãe. Sei e sinto isso. Ás vezes, acho que é porque não tenho muito o que falar da Nalucia. Mas aí é escutar Roupa Nova ou algum pagode dos anos 90, que me lembro das nossas histórias...
Ela lavava o quintal com o rádio ligado nos programas que tocavam pagode e, eu e minhas irmãs ficávamos cantando, dançando e fazendo bagunça, enquanto ela tentava lavar o quintal. A gente escorregava no chão cheio de sabão, tomava banho de mangueira. Era uma farra, literalmente.
A minha mãe fazia bolinho de chuva a tarde pra gente comer enquanto assistíamos Sessão da Tarde jogadas na cama dela e do meu pai. Ah! Ela fazia também uns biscoitinhos de maisena que eu amavaaaaaaa! A lasanha dela é muito pedida até hoje! Quando ela tá com pique, faz. Senão, desconversa...
Me lembro dela levando a gente nas novenas, e eu sempre fazia o sinal da cruz com a mão errada e ela me cutucava kkkk (sou canhota! :P). Tentou levar a gnt na catequese, mas era um parto todo sábado de manhã pq a gente simplesmente odiava ir. Até que ela desistiu, entregou pra Deus.
Ela sempre colocava os quatro pra dormir. Nos cobria, dava um beijo no nosso rosto e dizia: "Dorme com Deus e com os anjos".
Crescemos. Meus pais se separaram e ela foi viver na pqp de São Paulo. Reclama que a gente nunca vai lá, e eu fico falando pra ela mudar pra mais perto. Ela resmunga e não muda. Diz que "pro amor não tem distância". Então tá, né, dona Ana?! kkkk
Mas estamos sempre juntos. Ela vem na minha vó em datas comemorativas e, agora tem vindo mais vezes. A minha vó fala que a Clara conquistou ela hahaha. P.S. quem a Clara não conquista? :P
Mãe, te amo! Esse texto é pra te lembrar o quanto te amo, apesar de não falar sempre. Te honro e te respeito. E agradeço a Deus por estarmos juntos, "entre trancos e barrancos" rs. Sempre juntos. <3

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